Afinal, o que eu quero da vida? A resposta é a mais estúpida e genial possível: eu quero viver.
Dizem por aí que GO é um livro que foi escrito para dois tipos de pessoas: as que tem talento para vida e as que tem talento para a leitura. Intrigante do começo ao fim, é impossível soltar o livro por um simples motivo, independente de onde viemos e de como fomos criados, nos encontramos nas páginas. O personagem com todas suas falhas, defeitos, excentricidades, devaneios, qualidades, desperta o interesse e a curiosidade do leitor que já passou ou sabe que vai passar pelas mesmas situações. Oportunidades, amores, traição, superação, mentiras, caminhos, dúvidas… a história mostrando o tempo todo que apesar de tudo, a vida é complexa, assim como são as pessoas. Vale a pena ler.
GO se trata da inconstância da juventude. As várias fases que transcendem ao de correr de nossa vida, cotidiano.
A história é protagonizada por DJ Fahrenheit (não me perguntem o nome dele, não fala no livro), a narração é em primeira pessoa adaptada na presente vida do personagem.
Ele se define como alguém solitário, embora viva cercado de várias pessoas. Em uma de suas constantes definições está a frase em que diz que nasceu com um buraco no peito. A história é ambientada na grande metrópole, chamada São Paulo.
Fahrenheit vive na inconstância que todos nos passamos, em que só damos valor a algo quando o perdemos. Ele trabalha todas as quartas em um bar underground chamado The Passenger, é curioso que ele faz uma analogia com sua vida, definindo como apenas uma passagem. Mas quando ele é demitido percebe seu real valor.
Ele passa por diversos relacionamentos, um em particular devo ressaltar é com Marjory(ela me lembra a Luna Lovegood) . Ela tem alguns aspectos cômicos, a cada dia sua maquiagem revela a caracterização de um determinado personagem. O fim do “romance” é um tanto trágico. Adoro deixar o suspense no ar.
O personagem passa por muitas mudanças, uma delas é que considera as pessoas a sua volta como “conhecidos” e quando mais necessita, Dimi, barman do The Passenger vai ajudá-lo, ganhando o título de “amigo”.
Umas das questões que vale a pena ler, é a procura de Fahrenheit, pelo próprio pai que o abandonou. É uma tragetória emocionante que muda sua perpepção com relacionamentos.
Boa parte do livro Fahrenheit passa por um bloqueio, sua grande meta é escrever um livro. E seu pai irá ajudá-lo muito, um dia aparece em seu apartamento embriagado com uma pasta, e nesta pasta estará a capa do livro. Seu pai é um desenhista.
Isso o impulsiona a terminar um livro.
Algumas semanas antes do lançamento de seu livro, ele visita Ginger, sua ex-namorada, avisando-a sobre o lançamento de seu livro. Então ela faz uma curiosa constatação, dizendo que ele finalmente encontrou um motivo para viver.
A última frase teve um sabor cômico ao meu ver:
"Eu tenho um plano"
Viu? É difícil largar esse livro antes da última frase, da última página.
Postado por
Nathália Almeida
Nossa , gostei muito da resenha e do blog !!
ResponderExcluirParabéns !!
bjs